Eletroneuromiografia
Objetivo do exame
Exame complementar de escolha para avaliação das doenças do sistema nervoso periférico, o qual é constituído funcionalmente pelo segundo neurônio motor, raízes, nervos periféricos, junção neuromuscular e músculos.
É importante realizar o procedimento com um profissional adequadamente capacitado em função da complexidade do mesmo.
No Brasil, a eletroneuromiografia é um ato médico, sendo considerada uma área de atuação das especialidades Neurologia e Neurofisiologia Clínica.
Para o médico estar plenamente habilitado para a realização do exame é recomendável que tenha a seguinte formação:
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Graduação em medicina (6 anos)
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Residência médica em Neurologia (3 anos)
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Residência médica em Eletroneuromiografia (1-2 anos)
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Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (Concurso Público )
Existem vários profissionais no mercado com excelente capacitação para a realização do exame. Confira a formação do seu médico!
Preparo para o exame
Existem diversos fatores que o paciente deve levar em conta quando vier realizar o exame para manter a qualidade técnica do mesmo.
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Comparecer com roupas adequadas: camiseta regata ou de manga curta e shorts folgados
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Não utilizar cremes na pele no dia do exame
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Trazer pedido médico e receitas com medicações em uso
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Avisar ao médico se usa medicações para afinar o sangue (anticoagulantes), marcapasso cardíaco, cirurgias prévias de câncer de mama ou fístulas para hemodiálise.
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Em caso de dificuldade de locomoção trazer um acompanhante.
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Habitualmente o paciente consegue seguir sua rotina diária normalmente após a realização do procedimento.
Como é feito?
Através de um equipamento eletrônico importando de alta tecnologia conectado a um computador são obtidos dados sobre o funcionamento do sistema nervoso periférico.
O exame geralmente é dividido em duas etapas diferentes: estudo de condução nervosa e eletromiografia por agulha.
1 - Estudo de Condução Nervosa:
Nesse momento diversos nervos diferentes são estimulados através de pequenos choques e as respostas são captadas através de avançados sensores chamados eletrodos (adesivos removíveis conectados à pele).
2 - Eletromiografia por agulha:
A segunda parte do exame é realizada para avaliar o funcionamento de distintos músculos por meio de pequenas e superficiais punções com uma agulha estéril e fina que apresenta sensores avançados.
Em resumo, através de pequenos choques e punções por agulhas semelhante às de acupuntura é realizada uma extensa avaliação do sistema nervoso periférico.
Tipos de Exame
É muito importante saber informar qual o tipo de eletroneuromiografia solicitada pelo seu médico assistente.
Isso é fundamental pois pode mudar de forma completa a duração e complexidade do exame.
Para a melhor programação do tempo e do material a ser utilizado no procedimento o paciente deve informar no momento da marcação a modalidade específica solicitado pelo médico.
Veja ao lado os tipos de exame de eletroneuromiografia que podem ser realizados. Consulte-nos sobre a disponibilidade dos mesmos.
Materiais Utilizados
Em nossa clínica prezamos em primeiro lugar pela segurança do paciente assim como pela qualidade do procedimento.
Em função disso, dispomos do equipamento mais consolidado no mercado mundial, sendo importado diretamente do Japão da marca Nihon-Khodein.
Além disso, todo o material utilizado durante o exame no nosso serviço é estéril e de uso único também importado da marca de referência internacional Dinamarquesa Ambu.
Tipos de Eletroneuromiografia
1.
Quatro Membros
2.
Membros Inferiores
3.
Membros Superiores
4.
Face
5.
Estimulação Nervosa Repetitiva
6.
Fibra Única (Jitter)
7.
Autonômico
É desconfortável?
A absoluta maioria das pessoas tolera bem o exame de eletroneuromiografia.
O exame deve ser realizado em um ambiente confortável, de forma calma e com o paciente sendo adequadamente explicado sobre os passos envolvidos para reduzir eventuais desconfortos do procedimento.
Em caso de incômodo por parte do paciente, o médico pode eventualmente limitar o número de choques ou punções com agulha visando o reduzir o desconforto do exame.
Existem riscos?
Complicações graves são extremamente raras e o exame desde que realizado por um profissional com treinamento adequado é muito seguro para o paciente.
Os pequenos choques são realizados por equipamento sob rigorosas normas nacionais e internacionais para garantir a segurança do paciente. Entretanto, pessoas que possuem dispositivos eletrônicos implantados como marcapassos cardíacos devem informar previamente ao médico para as adequações necessárias e checar se é possível realizar o exame.
As punções por finas agulhas podem resultar em pequenos hematomas na pele, os quais são habitualmente reabsorvidos de forma espontânea em poucos dias. Paciente em uso de medicações anticoagulantes ou portadores de distúrbios da coagulação devem informar previamente ao médico para as adequações necessárias e checar se é possível realizar o exame.
Quais sintomas levam seu médico a solicitar esse exame?
De forma geral, quando o médico suspeita de algum problema nos sistema nervoso periférico é solicitado o exame de eletroneuromiografia.
Os sintomas associados a essas condições são extremamente variáveis e alguns deles estão descritos abaixo:
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Dor, dormência, formigamento
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Alteração da sensibilidade
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Fraqueza muscular
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Dificuldade de andar
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Queda palpebral
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Alteração de fala
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Paralisia facial
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Visão dupla
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Câimbras
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Engasgos
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Tremor
Quais as doenças são avaliadas com o exame?
É muito extenso o número de condições que a eletroneuromiografia pode fornecer auxílio diagnóstico. A principal utilidade do exame é ajudar a localizar o ponto da disfunção no sistema nervoso periférico. Confira abaixo alguns exemplos:
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Doenças do neurônio motor
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Radiculopatias
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Neuropatias periféricas
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Doenças da junção neuromuscular
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Miopatias
Resultado do Exame
A maioria dos pacientes recebe o laudo com as informações completas da avaliação poucos dias após a realização do exame.
Casos mais complexos eventualmente necessitam de mais tempo adicional para receber o resultado.
Deixamos sempre claro que estamos à disposição para conversar sobre o resultado do exame com o médico assistente, assim como complementar a avaliação se eventualmente for necessário a critério do colega.